Passado o stress do ultimo post, voltemos aos amores com meus pequenos. Com o Lu a coisa é sempre assim, a gente se estranha, rola uma discussão, um desentendimento, ele me testa, vê até onde eu aturo a falta de educação dele, aí depois que eu dou uma de louca, as coisas amenizam. Ô Fase, retruca demais, está sempre questionando, quer sempre mais atenção, mas é super disperso, e não se empenha muito nas tarefas.
É engraçado ver que mães de filhos com mais de 10 anos costumam ver bebês com saudades dessa época. E quando a gente só tem bebês, a gente não entende o porque. Quanto maiores, mais fogem ao nosso controle, mas continuam querendo nossa atenção, nosso cuidado. Ao mesmo tempo que se revoltam com nossas broncas, se sentem seguros em saber que alguém mais forte é responsável por eles. As crianças precisam do pulso forte, e costumam nos testar freqüentemente para saber se ainda somos os donos da situação. Isso é muito confuso e complicado de lidar.
O Lucas respeita muito mais o pai do que a mim. O que o Alê faz com o Lucas em um olhar, eu tenho que rodar a baiana pra conseguir dele. Isso me frustra. Eu sei que isso é culpa minha, porque estou sempre chamando a atenção dele por tudo, sou eu que pego no pé dele pra todas as coisas, é o banho, a comida, escovar os dentes, arrumar as coisas, fazer a lição... Então o “chamar atenção” vira uma coisa banal, ele não leva tão a sério quanto deveria. Agora o pai só briga de vez em quando, isso dá mais credibilidade na coisa.
Para piorar o Alê já me desautorizou algumas vezes na frente do Lucas, e ele como não é bobo nem nada, quando vê que o caldo ferve pro lado dele, acaba correndo pro pai. Isso é terrível, nunca discorde do seu marido ou deixe ele fazer isso com você na frente das crianças, isso é péssimo, deixa a criança confusa e “malandra”.
O que importa é que no final das contas, mesmo nas piores discussões, a noite o Lucas sempre pede para eu colocar ele pra dormir. É a hora que a gente reza e conversa baixinho, ele geralmente se desculpa, eu também muitas vezes faço o mesmo, quando vejo que passei da conta. É a "nossa hora"! A hora da nossa cumplicidade, onde contamos um para o outro o que está nos deixando mal. Tem dias que estou tão cansada, mas tão cansada, que dou um beijinho rápido e saio, ele reclama: -Mãe, fica mais um pouco! – Eu faço um esforço e na maioria das vezes fico, afinal, é a única hora que ele tem a mãe dele só para ele.
-Filho, eu tenho a tarefa mais linda e mais difícil do mundo: preparar você para a vida! Sua educação, sua criação ditara o homem que você vai ser. Se as vezes eu brigo demais, se as vezes eu cobro, é porque quero fazer o melhor sempre. Não te prometo não falhar, porque sou humana. Mas prometo te dar o meu melhor, prometo te amar mais que tudo, e prometo fazer de tudo para te passar o que eu acredito que você vai precisar ao longo da vida, como: valores para que você não se desvirtua, força para que você não caia e sabedoria para tomar decisões. Fácil não é, mas sei que será gratificante. Te amo meu filho!
2
comentários
