2015 até aqui...

2015. Família unida, crianças crescendo, mudanças constantes e adaptações. A molecada está bem no geral. Este ano voltei a estudar, entrei na faculdade, estou fazendo design. É importante retomar a vida em algum momento. O Lucas já está grande, fez 14 anos no mês passado, o Matheus agora com 6 (faz 7 em setembro), achei que era uma boa hora para investir um pouco em mim. Quem sentiu mais foi o Matheus. De manhã os deixo na escola e só volto para casa quando já estão dormindo, o restante do tempo eles passam com o pai. O Matheus as vezes reclama, chegou a dizer que não gostava da minha faculdade. Então para amenizar as coisas andei fazendo muitos trabalhos com ele do meu lado. O interessante é que isso vem despertando mais interesse dele em desenhos e “projetos” manuais. A todo tempo ele inventa coisas pra fazer: bonecos, cidades, tudo ele recorta e cola e disso tem saído coisas bem legais. Acho que um novo talento está despontando. O lado ruim disso é que ele não tem muita noção e acaba destruindo coisas demais. Já recortou 90% das calças dele, uma camiseta de escola, rabiscou a tv da casa da avó, recortou coisas por lá também. Aí eu não quero sufocar a criatividade dele, mas também não posso deixa-lo fazer o que quiser, as conversas e broncas tem sido constantes, mas é bem complicado de segurá-lo. Se por um lado a criatividade está em alta, por outro, a escola está mais complicada de acompanhar. Ele saiu de uma escolinha pequena no jardim 2 e entrou numa escola mais “puxada” agora no primeiro ano. Os primeiros meses foram bem complicados porque ele parecia simplesmente não assimilar nada do que era passado. Letras do alfabeto ele aprendia e logo já esquecia, na sequência. Até cogitei de leva-lo à uma psicóloga para uma avaliação, estamos numa fila do convênio que chamará em no máximo “5 meses”. (Afinal, o que são cinco meses num ano letivo não é mesmo?! Por que não esperar?!”). Mas antes de conseguirmos esse atendimento, ele começou a demonstrar um certo desenvolvimento, está assimilando letras e sílabas e consegue ler algumas palavras. Fiquei mas tranquila, assumo. Passei alguns finais de semana, que era o único tempo que tinha com ele, estudando e tentando explicar as lições, na escola ele também estava frequentando as aulas de apoio, o que acredito ter ajudado também. Vejo nele, certas vezes, além de um pouco de “preguiça”, também uma certa insegurança. Por isso ainda vou esperar a psicóloga.
Agora estamos todos de férias escolares e o Matheus tem ido trabalhar comigo. Ele mesmo que pede. Enquanto o Lucas se interna no computador e nos jogos online. Temos passado por uma crise financeira bem tensa. Tenho tentado não passar essa tensão toda pra eles, mas no final das contas, algumas vezes o nervosismo fica aparente, e mesmo sem brigar ou discutir fica evidente que as coisas não andam tão bem. Como é complicado manter a família bem com tantos problemas na cabeça. A vida adulta é muito complicada, hoje vejo que a falta de compromisso da adolescência era uma benção e nem sabíamos disso.

Mas continuamos firmes e agradeço a Deus toda a ajuda que recebemos o tempo todo. Nosso trabalho é o reflexo de uma crise que o país inteiro está passando. Nem toda a dedicação tem sido suficiente para mudar essa situação. Temos rezado por uma luz e por um novo caminho. Tenho certeza que logo tudo será superado.

Máquina 1 no Lucas

Quase careca, gato, óculos estiloso e assim vai crescendo meu Lucas. No sentido literal da palavra, porque esse ano ele me passou.
Desde o ano passado dizíamos: - "olha, ta quase me passando!"
Eis que terminamos 2015 com uns 4 dedos de diferença no tamanho.
"Corujices" a parte, ele está cada vez mais lindo! E eu "tô" ficando pequenininha!
Passou o ano todo de recuperação numa matéria aqui e outra ali. No ultimo semestre, por pura "cagada" passou em tudo.
Só não dou mérito porque não se esforçou muito não. E cada ano que passa, a escola fica mais "chata", e eu tenho que pegar mais no pé. Ô fase viu!
Eu não o entenderia se não tivesse tido essa idade também...
Mas alguém tem que cobrar né filho!
O importante é que o amor continua imenso e a vontade de o ver cada vez melhor em todos os aspectos é o que me impulsiona.


   

Formatura do Matheus

Esse ano de 2015 o Matheus se formou no Jardim 2 e ano que vem vai para o primeiro ano do ensino fundamental. Sim, eu estou ficando velha, e daí?! Eu compilei os melhores momentos em um vídeo com uma música que eu acho linda e o Matheus achou "estranha', mas tudo bem, foi com ela mesma.
Com vocês: Formatura do Matheus:


Esse foi o mês do Matheus!


Matheus e eu na visão dele!



Esse mês meu pequeno fez 6 aninhos. O tempo está passando depressa e eu não tenho mais um bebê (embora eu ainda o veja como um bebê). Continua arteiro, sapeca, ontem mesmo me aprontou uma, cortou o próprio cabelo (quem nunca?), estragando o moicano, vamos ter que esperar crescer. Continua também amoroso, super carinhoso, me enche de abraços e beijos, meu docinho... Quando quer, porque também é teimoso e birrento.
Ainda me espanto com sua esperteza. Num sábado em que eu queria dormir até mais tarde, ele levantou antes de mim e sentiu fome, colocou leite na caneca, esquentou no microondas, colocou o toddy, pegou umas bisnaguinhas, o requeijão... Quando eu desci para ver o que ele iria querer de café da manhã, já estava tudo pronto.
Ele é assim, pede uma vez, se você não faz pra ele, ele mesmo vai dar um jeito de fazer. De final de semana, ele acorda antes de todos nós, desce as escadas e começa a mexer nas coisas, em uma outra ocasião o baixinho inventou de fazer um ovo. Quebrou o ovo no prato, colocou no microondas e eu acordei com o barulho, desci achando que ele ia botar fogo na casa, mas ele disse que tentou fazer um ovo e não ficou bom, por isso jogou ele fora.
Ele é aquele tipo de criança: - Ta muito quieto? Corre, porque tá aprontando!
Coisas de Matheus.




O Lucas fez 13 anos um junho, já é um adolescente, ainda bem calmo e tranquilo, mas é um adolescente. O que isso muda? Por enquanto pouca coisa, as mudanças não são da noite pro dia, são progressivas, você não nota acontecer. Apenas chega um dia em que você olha aquela foto com aquela criança pequena, que cabia no seu colo e pensa: - Quando foi que você cresceu tanto?
Dá uma certa nostalgia, outro dia estávamos vendo vídeos de aniversários de 5 e 6 anos do Lucas. Tão pequeno e cabeludo! Ele ficou inconformado com a voz dele (rs). - Olha isso mãe, que voz é essa?
- É o tempo filho, ele transforma as pessoas.
O inconformismo do Matheus era: - Por que eu não estava nessa festa? - Você nem tinha nascido filho! - Eu entendo, perder uma festa tão legal dessas é pra deixar qualquer um muito chateado. (rs).

O que me deixa mais feliz é ver que nesse tempo que passa, nós 3 construímos uma relação muito gostosa, dia a dia. Mesmo com toda a cobrança que eu sou obrigada a fazer em cima deles (escola, higiene, etc...), mesmo com toda aquela coisa chata de mãe, a gente ainda encontra tempo pra coisas bem legais, existe uma simbiose boa entre nós.
Com o Matheus tem o lance do chamego, do carinho. Já que ele ainda é pequeno a maior parte do tempo é pra ele, enquanto ele não se vira sozinho. Eu também leio bastante pra ele, ele adora livros.
O Lucas e eu temos uma troca bacana, conversamos e brincamos bastante. Rola uma amizade também, isso é muito legal. Ele me convenceu a assistir a série Breaking Bad com ele. Estamos na 4º temporada e eu estou adorando. Ele já havia assistido (mãe, você tem que assistir). Então eu vejo, e nessas temos nossos momentos. Eu tento administrar essa coisa de dar mais liberdade pra ele, porque aos poucos a gente tem que ir deixando fazer as coisas... deixa-lo crescer. É importante pra ele. Por mim, ficava em baixo da minha asa, mas a vida não funciona assim. Então aos poucos a gente afrouxa a corda, que uma hora ele vai voar, só quero que nunca esqueça o caminho de casa!
Eu espero ainda ter muito tempo pra acompanha-los e vê-los crescer, e quem sabe mais um pouquinho pra acompanhar meus netos também.
Bem, já que não podemos conter o tempo, que ele sirva para nos deixar mais unidos e fortes.





Me dá uma irmã!

A novidade agora é o Matheus me pedindo uma irmã, eu sem saúde mental para isso tento reverter a situação:
- Mãe eu quero uma irmã.
- Mas filho, imagina um bebezinho chorando aqui o dia inteiro?
- Não tem problema.
- Mas você sabe que os bebês nascem bem pequenos e durante um tempão ela não vai poder brincar com você?
- Eu sei, não tem problema eu quero uma irmã.
- E se ela quebrar todos os seus brinquedos - digo já sem saída.
- Não tem problema mãe, eu dou meus brinquedos pra ela. Me dá uma irmã?
- Não pode ser de pelúcia???
Esse dias eu ganhei um beijo e um abraço bem gostoso, aí eu falei no auge daquele momento inebriante:
- Te amo filho!
E recebi como resposta:
- Também te amo mãe, mas tira esse adesivo da bunda (adesivo anticoncepcional) e deixa a minha irmã nascer!!!
Delicado esse meu filhinho né....

Minhas maiores riquezas!

Há muito venho me questionando sobre as verdadeiras riquezas desta vida.
O que é exatamente ter uma boa vida?
O que me trás realmente a tal felicidade?
Será que se eu tivesse vivido outras coisas, viajado o mundo, estudado fora, conhecido outras pessoas, teria sido melhor? Eu seria mais feliz?
Mas por mais que eu viaje em questionamentos, sempre chego neles (meus filhos). Eu não consigo imaginar minha vida sem eles.
Eu posso passar uma vida inteira sem curtição, noitadas e glamour, isso não me fará falta, mas não posso nem sequer imaginar minha vida sem estes dois seres! Singulares e incríveis, cada um a seu modo, preenchem minha vida, meu espaço e meu coração.
Mesmo quando me deixam louca com suas briguinhas e suas manhas, eu os amo demais.
E só isso já faz tudo fazer sentido, explica minha existência... Aí então eu entendo, que sem eles meu mundo não seria completo, e num mundo vazio não há felicidade!
Só posso agradecer a Deus por cada minuto com eles!
Pra ser feliz há que se viver de amor! E o amor materno é incomparavelmente belo!
;)

Dia das mães!

Eu sempre coloco aqui coisas sobre minhas crianças, mas hoje eu gostaria de usar este espeço pára uma pequena homenagem a minha mãe.

Minha mãe é alguém assim, como diria, fácil de gostar. 
Ela tem excesso de otimismo, e é sempre bom falar com alguém que acredita realmente que qualquer coisa que você faça vai dar certo. 
Ela é ligada no 220W, mais ou menos como uma criança hiperativa, só ela consegue deixar uma cozinha limpinha e arrumadinha em 5 minutos. E acredite, isso é demais! 
Ela tem um jeito especial de expressar sua sinceridade ao dizer que engordamos (-vai fazer um exercício!), ou que nossas coisas estão bagunçadas (-ai que nojo que está isso aqui!), ou que precisamos organizar nossos pertences (-joga tudo isso no lixo, filha!). 
Ela nunca tem tempo, está sempre com pressa, sempre rapidinha e de passagem. Tem sempre uma palavra de ânimo e coragem pra passar pra pessoas. Ela é totalmente sociável, conversa com pessoas na rua, nos trens, nos pontos de ônibus, puxa papo com taxistas, atendentes, vendedores, policiais, mendigos, pedintes e cachorros abandonados. E todos se transformam em amigos de infância em pouquíssimo tempo. É quase um dom que ela tem, esse da comunicação, em qualquer lugar e em qualquer momento. 
É uma pessoa que trabalha e estuda. Numa idade em que muitos contam os dias para se aposentar ela inventa mais e mais coisas pra fazer, porque ela tem o tal do “bicho carpinteiro” no bumbum e não pode ficar parada que dá siricutico.
Ela não é muito boa de adivinhações, finanças ou planejamentos, mas o mais importante é que ela nunca deixa de ter fé (- ano que vem, você vai ver, vou ter muito dinheiro!). E talvez isso seja uma das coisas mais bacanas nela, se o desânimo passa por ela, ela o desvia e continua, porque ela sabe que o amanhã sempre vem. 
Mas o mais bonitinho nela é que ela tem um botãozinho de bondade no peito, que não a deixa guardar mágoa de ninguém, é a primeira a estender a mão a quem quer que seja. É amiga, é leal. É totalmente enrolada, mas se desenrola num estante se for pra ajudar alguém (ou se enrola mais ainda dependendo da situação). 
Existem muitos tipos de mães por aí, mas digo que a minha foi feita perfeitamente pra mim, não poderia haver outra mais adequada. Eu passei minha infância toda achando que ela me “prendia demais”. E hoje eu vejo nela a pessoa que mais me dá liberdade e incentivo pra eu ser eu mesma. Mesmo quando não concordamos, nos aceitamos, e isso é uma troca fantástica. Sem cobranças, sem melindres, sem transtornos... nos amamos e temos uma a outra e isso basta. 
E é por esse conjuntinho de coisas que ela é e faz que eu a amo e vou amar eternamente .
Parabéns pelo nosso dia mãe, e parabéns a todas vocês que tiveram as entranhas esgarçadas pela passagem de suas crias... e para todas as outras também, é claro!!!! Feliz dia das mães!