Eu achava que ter um filho mudaria minha vida, mas não achava que ter o segundo mudaria tanto assim.
Lembro quando éramos crianças e minha mãe vivia louca porque eu minha irmã vivíamos nos “pegando”, literalmente.
Hoje que estou do lado de cá, sinto o gostinho da loucura maternal mastigando meus neurônios, fervendo minhas veias, atingindo minha garganta e me fazendo “gritar”.
Sim, eu grito com meus filhos: - Lucas, pára de cutucar o Matheus. –Matheus, para de bater no seu irmão. – Lucas, vai fazer sua lição. – Matheus, devolve a lição do irmão. –Lucas, deixa o Matheus brincar com seus brinquedos. –Matheus, não quebra o brinquedo do seu irmão.
Ahhhhhhhhhhhhhhrrrrrrrrrrrrrr...
Sim, tem suas compensações, mas não venha me falar delas num dia de semana, na hora da janta quando estamos todos a flor da pele... Preciso me acalmar, mas as vezes fico tão cansada, com tudo, que nem curto as crianças da maneira que poderia. Muito ruim isso. Aí qualquer coisa que eles fazem é o pingo no copo cheio... explodo, e eles me olham com aquela cara de: -Aiiiiiiii....
Sei que estou errada, manuais de paciência nos dizem como educar... Eu me pergunto: -Será que a Super Nany tem filhos? – Sabe, é muito fácil dar conselhos e dizer como as mães devem agir, mas só quem é mãe sabe que não á fácil “acertar” sempre. É nossa obrigação educar nossas crianças, eles serão reflexos de tudo que ensinarmos para eles... A tese da maternidade é linda, mas essa pressão da prática é de enlouquecer.
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