Dia das mães!

Eu sempre coloco aqui coisas sobre minhas crianças, mas hoje eu gostaria de usar este espeço pára uma pequena homenagem a minha mãe.

Minha mãe é alguém assim, como diria, fácil de gostar. 
Ela tem excesso de otimismo, e é sempre bom falar com alguém que acredita realmente que qualquer coisa que você faça vai dar certo. 
Ela é ligada no 220W, mais ou menos como uma criança hiperativa, só ela consegue deixar uma cozinha limpinha e arrumadinha em 5 minutos. E acredite, isso é demais! 
Ela tem um jeito especial de expressar sua sinceridade ao dizer que engordamos (-vai fazer um exercício!), ou que nossas coisas estão bagunçadas (-ai que nojo que está isso aqui!), ou que precisamos organizar nossos pertences (-joga tudo isso no lixo, filha!). 
Ela nunca tem tempo, está sempre com pressa, sempre rapidinha e de passagem. Tem sempre uma palavra de ânimo e coragem pra passar pra pessoas. Ela é totalmente sociável, conversa com pessoas na rua, nos trens, nos pontos de ônibus, puxa papo com taxistas, atendentes, vendedores, policiais, mendigos, pedintes e cachorros abandonados. E todos se transformam em amigos de infância em pouquíssimo tempo. É quase um dom que ela tem, esse da comunicação, em qualquer lugar e em qualquer momento. 
É uma pessoa que trabalha e estuda. Numa idade em que muitos contam os dias para se aposentar ela inventa mais e mais coisas pra fazer, porque ela tem o tal do “bicho carpinteiro” no bumbum e não pode ficar parada que dá siricutico.
Ela não é muito boa de adivinhações, finanças ou planejamentos, mas o mais importante é que ela nunca deixa de ter fé (- ano que vem, você vai ver, vou ter muito dinheiro!). E talvez isso seja uma das coisas mais bacanas nela, se o desânimo passa por ela, ela o desvia e continua, porque ela sabe que o amanhã sempre vem. 
Mas o mais bonitinho nela é que ela tem um botãozinho de bondade no peito, que não a deixa guardar mágoa de ninguém, é a primeira a estender a mão a quem quer que seja. É amiga, é leal. É totalmente enrolada, mas se desenrola num estante se for pra ajudar alguém (ou se enrola mais ainda dependendo da situação). 
Existem muitos tipos de mães por aí, mas digo que a minha foi feita perfeitamente pra mim, não poderia haver outra mais adequada. Eu passei minha infância toda achando que ela me “prendia demais”. E hoje eu vejo nela a pessoa que mais me dá liberdade e incentivo pra eu ser eu mesma. Mesmo quando não concordamos, nos aceitamos, e isso é uma troca fantástica. Sem cobranças, sem melindres, sem transtornos... nos amamos e temos uma a outra e isso basta. 
E é por esse conjuntinho de coisas que ela é e faz que eu a amo e vou amar eternamente .
Parabéns pelo nosso dia mãe, e parabéns a todas vocês que tiveram as entranhas esgarçadas pela passagem de suas crias... e para todas as outras também, é claro!!!! Feliz dia das mães!



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